A noite

Ah noite tão grandiosa, tão grandiosa,. Ah noite radiante, tenebrosa, tempestuosa, que dela me afasta. Negra noite que me recorda dos cabelos dela, noite essa que anuncia o brilho do sol, assim como o brilho do sorriso dela...
Ah noite, como demoras em amanhecer-te, dessa maneira ninguém chegará a conhecer-te. Tão misteriosa quanto minha amada, da qual pouco sei, ou mesmo não sei nada.
Noite com seu luar resplandecente, que aquece o coração dos enamorados, e destoa dos caminhos até mesmo os mais prudemtes, noite que me invade o coração, por saber dela distante, tão distante que chego a ficar doente...
Como o brilho de mil estrelas, vem ela com seu sorriso docemente, que loucura digo eu, ou será seu veneno latente...
Noite malvada, que se vai ao clarear da aurora, me diga de vez onde moras, pra não ter eu que prantear o dia, a espera de ver novamente minha amada.

Um comentário:

Marília disse...

Que bonito estas anologias com a noite e os cabelos dela, o brilho do sol com o sorriso dela. Colocaste o nome por Eder A. Ovelha O Baudelaire. Em Baudelaire o poder da imagem para escrever seus poemas é bem latente, assim como vc o fez aqui. Ainda bem que a noite foi tão grandiosa e malvada contigo para permitir que escresse tão belas palavras. Beijo da sua amiguinha Marília.