A pergunta que não quer calar

As coisas vêm e vão rapidamente, o brilho de uma chama que se extingue na escuridão, repetidas vezes eu pensei, repensei, refleti, não há uma resposta satisfatória pra nada disso, nada, definitivamente nada se encaixa, por que? como? e se? e talvez ainda o que eu faria se pudesse? Perdi totalmente o rumo, a razão, a poética, já não sei como viver, as coisas acontecem rapido demais, e as pessoas nem percebem, mas eu estou aqui, me debatendo, imaginando o porque dessa decisão tão repentina e súbita, sendo que já havia desistido dessa idéia, mas parece que quase tudo se acertou, menos isso...
Meu Deus, ainda posso ouvir a respiração dela, o olhar, aquele olhar que parece incendiar as coisas, os passos dela, ainda sinto eles vindo em minha direção, como se algo fosse me abrir ao meio, nem sei porque, sei que sinto, mas sinto ao mesmo tempo medo, daqueles olhos, daqueles braços, daquele respirar...
Sinto medo da sua pressa, da sua lentidão, do seu sorriso, das suas lágrimas, na verdade acho que sinto medo do seu coração...
Talvez eu sinta medo de mim mesmo, da minha solidão, daquilo que muitos dizem e que acredito ser ilusão...
Não sei se me faço entender, mas busco quem possa, quem saiba ler, compreender, amar, essa é a verdadeira função do ser...
Já não sei se me amo mais ou se me amo menos, o que sei é que ninguém além de mim, sabe que... eu amo... e amo muito... amo de verdade... alguém além de mim, mas esse alguém ignora que eu ame, mesmo porque... é melhor parar por aqui.

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